sexta-feira, 16 de julho de 2010

de vez em quando havia naquela alma uma inquietação como, de resto, em todas as outras.
de vez em quando uma ténue sensação de fracasso. Porquê se ainda agora começaste?
de vez em quando um olhar assustado e ansioso fitava o relógio de corda. Porquê se é o tempo que te conduz?
de vez em quando um certo desespero. Uma sede. Uma sede insaciável. Porquê se é a frescura matinal que te acorda?
de vez em quando memórias. Saudades dos que partiram. Saudades de ti.
de vez em quando o impulso de ir. Um desejo.
de vez em quando as saudades de memórias futuras.
interregnum

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